Esta situação de aprendizagem solicita
“sensibilizar os alunos para as diferentes estratégias que, consciente ou
inconsciente, empregamos no dia a dia para relacionarmos com os outros”.
“Inicia-se também a discussão sobre os
papéis sociais”
Para que os alunos entendam como se
desenvolvem os papéis sociais e como, muitas vezes somos persuadidos,
manipulados e condicionados a desempenhar determinados papéis influenciados
pelo meio ou grupos que convivemos, foi desenvolvido na sala de aula um jogo,
leitura de texto de livro de sociologia, análise de filme, atividade “Continue
a história” e uma atividade avaliativa.
Falar sobre os papéis sociais inicia a
compreensão da formação da identidade.
Duração: oito aulas de cinquenta minutos.
A sensibilização inicia-se com o jogo das
bexigas.
Jogo das Bexigas:
Peça para que os alunos formem uma roda
com as carteiras, assim será liberado espaço no centro da sala de aula.
Após dê uma bexiga para cada aluno e peça
para que eles a encham. Quando todos tiverem com as bexigas cheias peça para
que todos os alunos se posicionem no centro da sala com suas bexigas.
Informe que eles irão participar de um
jogo, e que neste jogo, ganha quem permanecer com a bexiga inteira, cheia.
Geralmente a primeira reação dos alunos é
sair estourando a bexiga de todo mundo. Eles correm, gritam, escondem a bexiga,
quase se matam para estourar a bexiga um do outro até que permaneça somente uma
bexiga cheia ou nenhuma. Por isso é necessário avisar os professores das salas
ao lado que você desenvolverá uma atividade que fará um pouco de barulho.
Quando todos estiverem sem bexiga ou
restar somente uma, peça para que voltem para seus lugares.
Explique que você fará a leitura de um
texto para que eles entendam o que aconteceu. O texto é “Profe, é queima e volte?”. Este texto faz parte do Livro de
Sociologia “Sociologia para Jovens do
Século XXI” da editora Imperial Novo.
Link para acesso ao livro
em pdf: http://www.imperiallivros.com.br/pnld2018/sociologiaparajovensdoseculoxxi/LivroProfessor.pdf)
O texto traz uma reflexão sobre “o jogo da
vida” e os papéis que desempenhamos.
Um breve trecho do texto:
“Como nos fala Bregolato (2008)2 no jogo da
vida nem todos têm as mesmas oportunidades. “O time da sociedade na maioria das
vezes é desunido, é ‘cada um joga por si’ e não pela coletividade. As
oportunidades não são para todos ‘só se passa a bola’ para os melhores, os mais
bonitos, os mais ricos, os mais hábeis.” E será que estamos aprendendo isso
onde? Na Escola de uma forma em geral ou apenas nas aulas de Educação Física?
Em casa? Quando nossos pais dizem que não podemos perder, por que a vida é
competição e que o mundo é dos mais fortes? De que lado queremos estar? De que
queremos fazer parte? Queremos mudar o atual sistema ou queremos fazer parte
dele? Então, já sabe responder quem faz a REGRA DO JOGO?”
Neste momento, o professor pergunta para
os alunos qual foi o comando dado para que o jogo fosse iniciado. A maioria dos
alunos dirá que o professor solicitou que se estourasse a bexiga um do outro, o
professor lembra então o comando dado repetindo a frase “Neste jogo, ganha quem
permanecer com a bexiga inteira”
É importante esclarecer para o aluno que
em nenhum momento foi solicitado para que estourassem as bexigas uns dos
outros. E que se ninguém tivesse estourado a bexiga um do outro todos teriam
ganhado.
Deve-se levar os alunos a discutirem o
senso de coletividade e competitividade. De onde vem isso? Quem na ensina a ser
tão competitivo?
Discutir também como o comportamento do
indivíduo pode ser uma reação em cadeia. Comparar com o jogo, quando o primeiro
aluno estourou uma bexiga, a reação foi em cadeia, e a partir deste momento
todos do grupo repetiram a ação. Comparar o jogo com o jogo da vida citado no
texto e com o comportamento que temos quando estamos em grupos.
A próxima aula os alunos devem assistir o
filme “O Senhor das Moscas”
"O
Senhor das Moscas"
Sinopse da Folha de S.Paulo
Um avião lotado de crianças e adolescentes
cai numa ilha deserta. Os jovens sobrevivem e, aos poucos, vão se reunindo num
grande grupo. Em assembleia, os meninos designam um líder. Longe dos códigos
que regulam a sociedade dos adultos, esses jovens terão de inventar uma nova
civilização, alicerçada exclusivamente nos recursos naturais da ilha e em suas
próprias fantasias.
Até aí este romance do inglês William Golding poderia ser lido como simples aventura infanto-juvenil, cheia de caçadas, banhos de mar e, ao final, a descoberta de um tesouro escondido por piratas. Mas não é o que ocorre. Apesar dos esforços iniciais de organizar uma sociedade auto-suficiente e equilibrada, o bando vai progressivamente cedendo à vida dos instintos, regredindo às pulsões de violência e de morte. A disputa pelo poder é um dos estopins da desordem. E o paraíso do "bom selvagem" acaba em carnificina.
Invertendo o clássico Robinson Crusoé, de Daniel Defoe, em que um único indivíduo conseguia impor a civilização ao estado de natureza, Golding expressa neste romance sua descrença na bondade inata dos homens e em sua capacidade de criar um mundo melhor. Lançado em 1954, menos de uma década após os campos de concentração nazistas e a bomba de Hiroshima, o livro carrega esse destino já no título: "Senhor das Moscas" é a tradução literal da palavra hebraica Ba'alzebul - em português, "Belzebu".
Até aí este romance do inglês William Golding poderia ser lido como simples aventura infanto-juvenil, cheia de caçadas, banhos de mar e, ao final, a descoberta de um tesouro escondido por piratas. Mas não é o que ocorre. Apesar dos esforços iniciais de organizar uma sociedade auto-suficiente e equilibrada, o bando vai progressivamente cedendo à vida dos instintos, regredindo às pulsões de violência e de morte. A disputa pelo poder é um dos estopins da desordem. E o paraíso do "bom selvagem" acaba em carnificina.
Invertendo o clássico Robinson Crusoé, de Daniel Defoe, em que um único indivíduo conseguia impor a civilização ao estado de natureza, Golding expressa neste romance sua descrença na bondade inata dos homens e em sua capacidade de criar um mundo melhor. Lançado em 1954, menos de uma década após os campos de concentração nazistas e a bomba de Hiroshima, o livro carrega esse destino já no título: "Senhor das Moscas" é a tradução literal da palavra hebraica Ba'alzebul - em português, "Belzebu".
Este filme pode ser usado para que os
alunos reflitam até que ponto o indivíduo é levado a desempenhar determinados
papéis que são impostos para que ele faça parte de um grupo, ou por instinto de
sobrevivência, ou por coerção.
São várias análises e reflexões que podem
ser realizadas.
O ideal é deixar uma aula somente para discussão.
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Na próxima aula, ler o final da história a
partir do texto original do filme para que os alunos saibam qual foi a visão do
autor.
Após é realizado uma atividade avaliativa,
onde os alunos desenvolvem uma produção de texto orientada sobre sua impressão
da história.
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